Aconteceu!
Bom dia!
Grande novidade: no dia 11 de outubro de 2022 recebemos a tão aguardada carta do tribunal: foi decretado o apadrinhamento civil!
O nosso menino já morava connosco desde janeiro de 2019, através de uma medida de confiança a pessoa idónea, que era renovada de 6 em 6 meses. Ou seja, a situação de facto estava resolvida, no nosso quotidiano. Agora, em termos fiscais, tem sido uma chatice, porque sem o apadrinhamento civil decretado, há a questão de como enquadrar o nosso menino no agregado familiar. Há um parecer da associação de juízes que preconiza que as crianças com medida de confiança devem integrar o agregado como dependentes, mas nas finanças há quem defenda a tese que não devem ser incluídas, o que a nosso ver é muito injusto, pois somos nós que criamos, cuidamos e pagamos todas as despesas desta criança.
Demorou demasiado, a nosso ver, o decretamento do apadrinhamento civil, que nos dá tranquilidade a todos os níveis. Agora temos uma relação jurídica que nos protege e é reconhecida junto de todos os serviços. Verdade seja dita que todos as pessoas que atendem nos serviços sempre reconheceram, como aliás deviam, a medida de confiança a pessoa idónea como suficiente para tudo o que foi preciso, como ir a médicos, inscrição em escolas, etc. Mas com o apadrinhamento civil decretado, fica tudo mais claro.
Na nossa vida, nada mudou. O nosso miúdo continua a ser maravilhoso, a relação com a família biológica está tranquila, mesmo com o pai biológico, que simplesmente, ao final de 1 ano a opôr-se e a fazer pressão, deixou, de um momento para o outro, de se interessar pelo filho, sobre isso, outro post, pois pode ser útil para outras pessoas na mesma situação. Parece que é comum pais biológicos fazerem um grande finca pé que não querem o apadrinhamento nos primeiros tempos porque lhes dá uma grande ciumeira que tenham outra família e depois, de repente, desinteressam-se dos miúdos e nunca mais lhes ligam.
O que interessa: o nosso miúdo está bem. Está mesmo, mesmo bem. Nós também. Não tenham medo. A vida toda eu só ouvia histórias de adoções que corriam mal, tentaram desmotivar-nos de seguir este caminho. E no final de contas, conhecemos este miúdo há 5 anos, há quase 4 que mora connosco e só temos coisas boas para contar!